Adesão à Rússia? Líderes russos no sul da Ucrânia querem referendo
O chefe russo da administração civil-militar em Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, disse esta quinta-feira que seria realizada uma votação acerca da adesão no início do outono.
© ANDREY BORODULIN/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Funcionários russos instalados na região ucraniana de Zaporizhzhia, parcialmente sob o controlo de Moscovo, pretendem realizar um referendo sobre a adesão à Rússia em setembro, informou a agência noticiosa RIA Novosti, citando um funcionário local.
Como noticia a Reuters, o chefe russo da administração civil-militar em Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, disse esta quinta-feira que seria realizada uma votação acerca da adesão no início do outono. "A data estimada é a primeira quinzena de setembro", avançou Vladimir Rogov, citado pela agência russa.
"Vamos finalmente anunciar quando será assim que compreendermos o nível de prontidão e o envolvimento do povo", acrescentou.
As forças apoiadas pela Rússia tomaram já a maioria da região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, mas os militares ucranianos ainda controlam a parte norte da região - incluindo a cidade de Zaporizhzhia.
Rogov tinha já dito anteriormente que a região iria avançar com um referendo mesmo que a Rússia não conseguisse ganhar um controlo sobre toda a região.
De referir que Zaporizhzhia não pertence à região do Donbass, onde a Rússia diz estar a lutar para apoiar as autoproclamadas "repúblicas populares" de Donetsk e de Lugansk - entidades separatistas que são apenas reconhecidas pela Rússia, Síria e Coreia do Norte.
Os procuradores russos na região ocupada de Kherson estão também a planear um referendo sobre a adesão à Rússia no final deste ano.
O Kremlin disse, a propósito desta temática, que os votos são um assunto para os funcionários regionais e não comentou a possibilidade desta à Rússia.
O embaixador da Rússia no Reino Unido disse, por sua vez, na semana passada, que era pouco provável que as forças russas se retirassem das terras conquistas no sul da Ucrânia.
A ofensiva militar russa sobre a Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, já matou mais de cinco mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A guerra causou ainda a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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