Alemanha presta homenagem a mortos e destruição causados por inundações
O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, lembrou hoje os 185 mortos causados pelas inundações de há um ano no oeste do país, afirmando que ainda há muitas pessoas a lutar para reconstruir as suas casas.
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Mundo Inundações
As homenagens vão decorrer até ao fim de semana, com várias ações a marcar o aniversário dos dias em que ondas furiosas destruíram casas e pontes, sobretudo na região do Vale do Ahr, e abriram os olhos dos alemães para as mudanças climáticas.
"As mudanças climáticas chegaram até nós, vemos hoje ondas de calor em grande parte da Alemanha, onde as florestas estão a arder e os níveis das águas subterrâneas estão a descer, enquanto outras regiões são afetadas pelo mau tempo", disse Steinmeier, sublinhando a urgência de agir para salvar o planeta.
Nos dias 14 e 15 de julho de 2021, caíram entre 100 e 150 milímetros por hora de chuva no oeste do país, precipitação sem precedentes na Alemanha desde o início dos registos meteorológicos.
Na região ocidental, em vale do Ahr, a oeste de Bonn, as cicatrizes das cheias permanecem visíveis, com destaque para vestígios de lama nas paredes das casas.
A Bélgica, onde morreram 39 pessoas e milhares foram afetadas, e os Países Baixos também foram seriamente afetados.
Durante uma cerimónia hoje realizada na presença do casal real belga, em Liège, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, prestou homenagem a "todos os heróis" de 14 de julho de 2021 que socorreram as vítimas.
No entanto, foi a Alemanha Ocidental, e em particular as regiões da Renânia do Norte-Vestefália e da Renânia-Palatinado, que foi mais devastada, com 49 e 135 vítimas, respetivamente, além de um morto na Baviera.
Os prejuízos foram avaliados em mais de 30 mil milhões de euros nas duas regiões, onde mais de 85.000 pessoas ou famílias e cerca de 10.000 empresas foram afetadas.
"Ninguém poderia ter previsto a escala deste desastre", disse na quarta-feira a ministra-presidente da Renânia-Palatinado, Malu Dreyer.
As fortes chuvas foram anunciadas pelos serviços meteorológicos, mas muitos moradores não foram especificamente alertados.
Agora, para evitar novas falhas, o Governo alemão pretende usar o envio de alertas através de um mecanismo chamado "Cell Broadcasting", transmitindo avisos para telemóveis mesmo que a rede esteja sobrecarregada ou interrompida, além de estar a planear reabilitar as sirenes de alarme, muitas das quais foram desmontadas nos últimos anos.
As cerimónias que assinalam o primeiro aniversário das inundações começam hoje, estando prevista uma participação, esta noite, do chanceler, Olaf Scholz.
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