Ucrânia. Países Baixos querem novo tribunal para julgar crimes de guerra
As declarações surgem no mesmo dia em que decorre, nos Países Baixos, uma conferência internacional que está a debruçar-se sobre as possibilidades de julgamento dos crimes de guerra na Ucrânia.
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Mundo Guerra na Ucrânia
Os países ocidentais precisam de considerar a criação de um tribunal especial para julgar os crimes de guerra cometidos durante a guerra na Ucrânia, de forma a evitar que os mesmos fiquem impunes, considerou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, aqui citado pela Sky News.
"Há vantagens em olharmos para isto, da forma como eu o entendo, temos de preencher o vazio. O Tribunal Penal Internacional não tem jurisdição", considerou Wopke Hoekstra, relativamente à proposta que fez hoje.
"Por isso, imagino que temos de estudar a possibilidade de criar um tribunal deste tipo. Provavelmente não será fácil, mas procuraremos ajudar a Ucrânia onde pudermos", acrescentou ainda.
Os comentários surgem no mesmo dia em que decorre, nos Países Baixos, uma conferência internacional que está a debruçar-se sobre as possibilidades de julgamento dos crimes de guerra na Ucrânia.
Tudo isto surge já depois da procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, ter avançado que o país já deu início à acusação de 127 suspeitos de crimes de guerra.
De recordar que, desde o início do conflito em território ucraniano, as forças russas deixaram cidades ucranianas em ruínas e abandonaram inúmeros corpos pelas ruas das cidades e aldeias que foram, gradualmente, ocupando.
A ofensiva militar russa sobre a Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, já matou mais de cinco mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apesar de Moscovo negar tê-los como alvos. A guerra causou ainda a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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