O comissário disse à agência France Presse que a nova medida "vai colmatar as falhas" que se verificaram nos anteriores pacotes de sanções que foram aplicados contra a Rússia por causa da nova invasão da Ucrânia desencadeada no passado dia 24 de fevereiro.
Até ao momento, a União Europeia já adotou seis pacotes de sanções contra a Rússia incluindo o embargo a uma "quantidade significativa" de petróleo russo até ao final do ano.
A União Europeia está agora a a analisar sanções às exportações de ouro russo que o comissário considera "importante matéria-prima de exportação" da Rússia.
O comissário europeu eslovaco Maros Sefcovic, participa hoje na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu na capital da República Checa, país que exerce a presidência rotativa da União Europeia.
"Assim que chegarmos a um acordo entre os Estados-membros, publicaremos" as sanções, o que vai permitir aplicar as novas medidas, afirmou ainda Sefcovic.
A proposta que inclui o embargo ao ouro vai ser "emblemática", disseram fontes diplomáticas à France Presse.
Segundo fonte diplomática, os embaixadores europeus devem reunir-se na próxima segunda-feira "para adotarem de imediato" a nova sanção.
Os Estados Unidos iniciaram em junho o embargo ao ouro da Rússia logo após a reunião que decorreu na Alemanha e que juntou os representantes dos sete países mais industrializados do mundo (G7) apostados em contrariar as formas de financiamento do esforço de guerra russo.
O ouro é "uma importante fonte de exportação, que vai privar a Rússia de milhões de dólares", disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em junho.
"Esperamos que o próximo pacote de sanções, o sétimo, tenha um forte impacto e seja adotado o mais rápido possível", pediu na quinta-feira à noite a vice-primeira-ministra ucraniana Olga Stefanishyna, que participa na reunião de hoje em Praga.
Os seis pacotes de sanções que já foram adotados desde o início da nova ofensiva russa visam setores económicos, aplicando embargos ao carvão e à maior parte do petróleo, além do congelamento de bens que pertenciam a mais de mil funcionários e 'oligarcas' russos nos países da União Europeia.
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