"Questão de tempo" até bandeira ucraniana estar hasteada em todo o país

O presidente ucraniano revelou ainda que "está a decorrer uma auditoria do pessoal do Serviço de Segurança da Ucrânia". Em causa pode estar o despedimento de 28 funcionários.

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© Presidência da Ucrânia

Márcia Guímaro Rodrigues
18/07/2022 23:23 ‧ 18/07/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reiterou, esta segunda-feira, que a bandeira ucraniana será novamente hasteada em todas “as cidades e aldeias” do seu território, sendo apenas uma “questão de tempo” até que tal aconteça.

Na sua comunicação diária ao país, o chefe de Estado referiu uma fotografia de um jovem de Mariupol, “que saiu para as ruas da cidade”, atualmente ocupada pelas tropas russas, “com uma bandeira ucraniana”. “Ele chegou até aos escombros do edifício do teatro de Mariupol destruído pelas tropas russas. Foi muito corajoso. E eu quero agradecer-lhe por este ato”, frisou.

Zelensky acusou ainda a Rússia de espalhar “mentiras sobre a Ucrânia” nos territórios ocupados, mas “apesar da propaganda e intimidação, as pessoas não só se lembram da Ucrânia, como também demonstram o que realmente pensam e aquilo por que lutam”.

Dirigindo-se ao povo ucraniano, o presidente pediu a quem tenha “contactos e oportunidade” para “espalhar informação real no território ocupado”. “Apoiem o nosso povo, espalhem lá a verdade”, acrescentou.

Sobre os combates, as Forças Armadas da Ucrânia “conseguiram infligir perdas logísticas significativas aos invasores”, e “é cada vez mais difícil para o exército russo manter posições no território capturado”. 

“A perspectiva é óbvia: a bandeira ucraniana estará em todas as nossas cidades e aldeias. A única questão é o tempo”, frisou Zelensky, que acrescentou que, ao 144.º dia da invasão russa, a Ucrânia já conseguiu recuperar 1.028 povoações, enquanto 2.621 permanecem sob controlo russo.

O presidente ucraniano revelou ainda que “está a decorrer uma auditoria do pessoal do Serviço de Segurança da Ucrânia”. Em causa pode estar o despedimento de 28 funcionários de “diferentes níveis”, por motivos semelhantes: “desempenho profissional insatisfatório”. 

Recorde-se que o presidente da Ucrânia demitiu hoje o chefe dos serviços de segurança ucranianos, Ivan Bakanov, e a procuradora-geral da República, Iryna Venediktova, responsável pela instrução dos processos de guerra contra os russos, alegando que mais de 60 membros do gabinete da procuradora e dos serviços de informações "continuaram em território ocupado a trabalhar contra o estado" ucraniano.

Assinala-se, esta segunda-feira, o 144.º dia de guerra. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 5.024 civis morreram e 6.520 ficaram feridos no conflito.

Leia Também: AO MINUTO: UE doa (mais) 500 milhões à Ucrânia; "Teste de resistência"

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