Ucrânia: Primeira-dama em visita de alto nível nos EUA
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, reuniu-se na segunda-feira com o secretário de Estado Antony Blinken, no arranque de um conjunto de aparições em Washington, que incluirá um encontro com a homóloga norte-americana, Jill Biden.
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Mundo Rússia/Ucrânia
Ao longo da Pennsylvania Avenue, as bandeiras ucranianas, azuis e amarelas, destacavam-se ao lado das norte-americanas enquanto Zelenska se dirigiria para o primeiro evento anunciado nos Estados Unidos, o encontro com Blinken.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, referiu que o secretário de Estado garantiu a Zelenska o compromisso dos Estados Unidos com a Ucrânia.
Blinken também elogiou a primeira-dama pelo seu trabalho com civis, que lidam com traumas e outros danos da guerra, noticiou a agência Associated Press (AP).
O Departamento de Estado anunciou e cancelou uma breve aparição planeada de Blinken e Zelenska, perante os fotógrafos.
E chegada discreta de Zelenska aos Estados Unidos, reflete que esta não está a viajar como representante oficial do governo do seu marido, o Presidente Volodymyr Zelenskyy.
Olena Zelenska, estudante de arquitetura na faculdade, trabalhou como guionista de comédia, inclusive para Zelensky, que era comediante num programa de televisão popular antes de conquistar a presidência em 2019.
Durante a guerra, Zelensky conquistou a admiração de ucranianos e simpatizantes no exterior por permanecer na capital, Kiev, desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, lançou o seu ataque à Ucrânia em fevereiro.
Zelenska praticamente desapareceu com os dois filhos do casal, durante os primeiros meses após a invasão.
Em entrevista à revista Time este mês, a primeira-dama sublinhou que a guerra a forçou a abrigar-se longe de Zelensky, por razões de segurança, desde as primeiras horas do bombardeamento da Rússia.
Os seus filhos, tal como outros ucranianos, têm visto Zelensky desde então nos habituais vídeos noturnos que este faz diariamente, dirigidos ao país.
Zelenska foi vista em 08 de maio, quando cumprimentou Jill Biden, na altura em que a primeira-dama norte-americana realizou uma visita não anunciada ao oeste da Ucrânia.
As duas primeiras-damas conheceram-se numa escola, onde se abraçaram, conversaram e juntaram-se aos alunos para fazer ursinhos de papel de seda, como presentes para o Dia da Mãe.
Desde aquele momento que Zelenska assumiu um perfil público maior, incluindo concedendo mais entrevistas a jornais sobre as lutas da Ucrânia e sobre os seus projetos durante o conflito.
Olena Zelenska e Jill Biden encontram-se esta terça-feira e a ucraniana falará no auditório do Congresso norte-americana perante congressistas na quarta-feira.
No mesmo local, o seu marido foi aplaudido de pé pelos membros do Congresso dos Estados Unidos, quando este discursou num vídeo perante legisladores no início da guerra.
Autoridades ucranianas não responderam imediatamente esta segunda-feira à AP a perguntas sobre o cronograma da visita de Zelenska a Washington.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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