A mulher do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi recebida pelo casal Biden, com o chefe de Estado norte-americano a oferecer a Olena Zelenska um ramo de flores que incluía girassóis, a flor nacional da Ucrânia.
Jill e Olena abraçaram-se e posaram para as fotografias, antes de seguirem para o interior da Casa Branca, onde a primeira-dama ucraniana obteve uma explicação, por parte do governo, sobre como os EUA estão a tentar ajudar os ucranianos, que sofrem mentalmente e emocionalmente com a guerra.
De resto, Joe Biden já assegurou que os Estados Unidos irão apoiar a Ucrânia na sua luta contra a Rússia "durante o tempo que for necessário".
Zelenska está a realizar uma visita de alto nível a Washington esta semana.
"É tão bom vê-la de novo", realçou Jill Biden, que recordou o primeiro encontro em 08 de maio, durante uma visita da primeira-dama dos EUA à Europa Oriental.
Jill Biden viajou desde a Eslováquia para o oeste da Ucrânia, para se encontrar com Zelenska, que naquela altura não era vista publicamente desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, lançou o ataque contra a Ucrânia, no final de fevereiro.
A primeira-dama norte-americana visitou a Roménia e a Eslováquia em maio, numa demonstração pública de apoio aos ucranianos, principalmente mulheres e crianças, que fugiram para estes países após a invasão russa.
"Quando voltei, uma das coisas que eu disse foi que não podemos ir para uma zona de guerra e voltar sem sentir a tristeza e a dor das pessoas que conheci", atirou Biden, lembrando que Zelenska a apresentou a muitos refugiados.
Jill Biden, que esteve acompanhada na Sala Azul por Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Doug Emhoff, marido da vice-presidente Kamala Harris, e outros funcionários do governo, recordou ainda o pedido de Olena Zelenska para abordar os problemas de saúde mental causados pelo conflito.
"Falei com a minha equipa e enviei uma carta a Zelenska a descrever o que estávamos a fazer para ajudar na saúde mental das mães e crianças que realmente sofrem com esta tragédia e atrocidades", acrescentou.
Zelenska não prestou declarações enquanto jornalistas norte-americanos e ucranianos estavam na sala.
Antes de chegar à Casa Branca, Zelenska recebeu esta terça-feira um prémio de direitos humanos em nome do povo ucraniano, em reconhecimento à sua luta pela liberdade.
O prémio foi entregue pela Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo.
"É uma honra estar aqui e aceitar este prémio, em nome de todos os homens e mulheres ucranianos que lutam hoje contra a agressão russa", realçou Zelenska, que falou através de um tradutor.
Já na segunda-feira a primeira-dama ucraniana tinha-se encontrado com o secretário de Estado Antony Blinken e Samantha Power, administradora da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional.
Na quarta-feira, espera-se que Olena Zelenska discurse perante membros do Congresso norte-americano, num auditório no Capitólio, aparição semelhante feita por videoconferência pelo seu marido, poucos dias depois do início da guerra.
Zelenska praticamente desapareceu com os dois filhos do casal, durante os primeiros meses após a invasão.
Em entrevista à revista Time este mês, a primeira-dama sublinhou que a guerra a forçou a abrigar-se longe de Zelensky, por razões de segurança, desde as primeiras horas do bombardeamento da Rússia.
Os seus filhos, tal como outros ucranianos, têm visto Zelensky desde então nos habituais vídeos noturnos que este faz diariamente, dirigidos ao país.
Precisamente numa destas comunicações por vídeo, Volodymyr Zelensky abordou a viagem da sua mulher a Washington, explicando que esta falará perante o Congresso dos EUA em nome de todas as mães e mulheres ucranianas.
"Acredito realmente que será ouvida por aqueles a quem compete tomar as decisões nos EUA", sublinhou o Presidente ucraniano.
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