Um alto funcionário da Administração Biden explicou que a partir de hoje será adicionada uma nova categoria aos alertas de viagem emitidos pelo Departamento de Estado para levar esse risco em consideração antes de viajar.
"Esperamos que sirva para que menos viajantes dos EUA optem por ir para esses países onde o risco de serem detidos arbitrariamente é maior do que noutros países", disse o alto funcionário.
A medida faz parte de uma ordem executiva que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai assinar hoje e que também inclui maior assistência e apoio às famílias de norte-americanos detidos arbitrariamente no estrangeiro e sanções contra os países responsáveis.
O indicador se um país corre o risco de ser detido e feito refém será marcado no 'site' do Departamento de Estado com a letra "D", e será atualizado à medida que a avaliação de risco pelo Governo mudar, de modo que os seis atuais países possam perder essa categoria no futuro e outros a ganhar.
A ordem executiva de Biden também insta vários ramos da sua Administração a partilhar com as famílias dos detidos informações de inteligência relevantes sobre a sua situação e possíveis progressos e negociações para a sua libertação ou retorno aos Estados Unidos.
Além disso, o chefe de Estado norte-americano contratou especialistas de diferentes agências governamentais para desenvolver estratégias e explorar opções para impedir futuros casos de tomada de reféns e detenção arbitrária no estrangeiro.
Em relação à imposição de sanções aos responsáveis, estas podem ser financiadas e aplicar-se tanto aos que tiveram envolvimento direto na prisão como aos que participaram indiretamente.
A ordem executiva vai ser assinada num momento em que a basquetebolista norte-americana Brittney Griner que se encontra detida na Rússia desde fevereiro passado por viaja com óleo de haxixe para cigarros eletrónicos, substância proibida naquele país.
Griner admitiu todas as acusações, garantindo que não tinha intenção de cometer um crime e pediu ajuda expressa a Biden através de uma carta.
A prisão da atleta coincidiu com um momento de tensão entre Washington e Moscovo, quando a Rússia reuniu tropas na fronteira com a Ucrânia e os Estados Unidos alertaram para a iminente invasão dos militares russos ao território ucraniano.
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