"Rússia fez tudo para destruir as nossas exportações. Não o permitimos"

Os acordos para a exportação de cereais irão "reduzir a gravidade da crise alimentar provocada pela Rússia", considera o presidente ucraniano.

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Márcia Guímaro Rodrigues
22/07/2022 21:37 ‧ 22/07/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, congratulou, esta sexta-feira, o acordo assinado com a Rússia que “permite desbloquear os portos ucranianos e restaurar as exportações agrícolas”.

Em causa, recorde-se, estão acordos assinados esta manhã em separado pela Rússia e a Ucrânia com a Turquia e a Organização das Nações Unidas (ONU) para desbloquear a exportação de cerca de 25 milhões de toneladas de cereais presos nos portos do Mar Negro. 

Na sua comunicação diária ao país sobre o 149.º dia da invasão russa, Zelensky acusou a Rússia de fazer “tudo” para fechar o acesso da Ucrânia ao mar e de destruir o “potencial” das exportações ucranianas.

“Desde o primeiro dia da invasão em grande escala, a Rússia fez tudo para não só fechar o acesso da Ucrânia ao mar, mas também para destruir o próprio potencial das nossas exportações - infraestruturas portuárias, os nossos caminhos-de-ferro, armazéns e silos. Nós não o permitimos”, frisou.

Com os acordos, cujos detalhes foram “discutidos” com os “parceiros internacionais” da Ucrânia, passará a ser possível “não só restaurar o funcionamento” dos portos do Mar Negro, como também “mantê-los protegidos”

“Muitos líderes estiveram envolvidos em ajudar a restaurar as nossas exportações por via marítima. E estou grato ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pelos seus esforços”, acrescentou.

Segundo Zelensky, ficou estipulado que “cerca de 20 milhões de toneladas da colheita de cereais do ano passado serão exportadas”, além da colheita deste ano. No total, estão em causa “cerca de 10 mil milhões de dólares em cereais”. 

A medida irá também “reduzir a gravidade da crise alimentar provocada pela Rússia”, diz o chefe de Estado, que acrescenta que “há uma hipótese de evitar uma catástrofe mundial”. 

“Esta é outra ilustração de que a Ucrânia é capaz de resistir a esta guerra. É importante que tudo nas águas territoriais da Ucrânia seja controlado pelo nosso Estado”, considerou ainda.

Apesar do acordo assinado entre os três países e a ONU, “poderá existir algumas provocações de desacreditar os esforços ucranianos e internacionais” e cabe às Nações Unidas e aos parceiros “assegurar o cumprimento dos acordos”. 

Assinala-se, esta sexta-feira, o 149.º dia de guerra. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 5.024 civis morreram e 6.520 ficaram feridos no conflito.

Leia Também: AO MINUTO: Turquia pronta para desminar; "Não gostam da nossa existência"

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