Wall Street acaba semana em baixa desiludida com resultados e indicadores

A bolsa nova-iorquina fechou a semana em baixa, com os investidores dececionados com alguns resultados empresariais e indicadores macroeconómicos, a lembrá-los da desaceleração da economia.

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Lusa
22/07/2022 23:37 ‧ 22/07/2022 por Lusa

Mundo

Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones recuou 0,43%, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,87% e o alargado S&P500 desvalorizou 0,93%.

"Os investidores estiveram a digerir os resultados trimestrais desta semana", sintetizou Angelo Kourkafas, da Edward Jones.

Durante a semana, "tivemos a Netflix e a Tesla, que saíram menos mau do que esperado, mas depois tivermos várias deceções no setor tecnológico", acrescentou.

A Snap, que fechou a perder 39,08%, 'holding' da rede social Snapchat, apresentou prejuízos em acentuada subida e um discurso problemático sobre a publicidade.

Outras sociedades dependentes da publicidade, como a Alphabet, que perdeu 5,81%, também acabaram a sessão em sofrimento.

Mesmo que tenha falhado as previsões dos analistas, a Twitter foi poupada, e fechou a ganhar 0,81%. Os investidores valorizaram a subida do número de utilizadores ativos.

Até agora, "mesmo que os resultados não tenham sido brilhantes, foram suficientemente bons", para apoiar os índices, na opinião dec Angelo Kourkafas.

Para Nick Reece, da Merk Investments, os resultados da Snap foram "uma lembrança" das dificuldades que esperam o setor da tecnologia entre encarecimento do custo de crédito, problemas de abastecimento persistentes e arrefecimento da economia.

E desde já, "a inquietação com a apresentação dos resultados de grandes do setor tecnológico na próxima semana", como Amazon, Apple, Microsoft e Meta, "pesa sobre os investidores".

Em contexto desfavorável aos valores tecnológicos e de crescimento, foram os valores ditos defensivos, menos sensíveis à conjuntura, que tiveram a preferência dos investidores, como McDonald's (+0,21%), Johnson & Johnson (+0,47%) ou Procter & Gamble (+1,60%).

Os investidores também sofreram com a divulgação de indicadores macroeconómicos, segundo Nick Reece, com em particular uma série de índices de atividade PMI, em particular na sua versão compósita e relativa aos conjunto dos EUA. Esta saiu ao nível mais baixo desde junho de 2020.

"O discurso sobre a recessão está de volta", sintetizou este analista.

Por tal, os operadores veem a Reserva Federa (Fed) a fazer uma pausa no seu calendário de subida da taxa de juro em dezembro, depois de uma subida de 75 pontos-base em julho e das esperadas em setembro de novembro, de meios pontos percentual cada.

"Estamos a ver cada vez mais sinais que o pivô da inflação já está atras de nós", considerou Angelo Kourkafas.

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