Portos ucranianos atingidos horas depois do acordo sobre os cereais

Várias explosões atingiram a cidade portuária de Odessa na manhã deste sábado.

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Beatriz Cavaca
23/07/2022 11:16 ‧ 23/07/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Ucrânia/Rússia

As forças russas já começaram a bombardear de novo os portos ucranianos, horas depois de terem assinado o acordo sobre as exportações.

Várias explosões atingiram a cidade portuária de Odessa na manhã deste sábado. A causa das explosões ainda não é clara, segundo o canal britânico BBC.

De acordo com os termos do acordo, desta sexta-feira, mediado pela ONU e pela Turquia, a Rússia concordou em não atacar os portos enquanto os embarques de cereais estiverem em trânsito.

Este acordo foi descrito pelo secretário-geral da ONU como "um farol no Mar Negro" depois de meses de conflito.

Mas, de acordo com o que Oleksiy Honcharenko, um parlamentar de Odessa, escreveu no Telegram, houve seis explosões na cidade e o porto pegou fogo após o ataque desta manhã, o que vai contra esta promessa.

Honcharenko acrescenta ainda que as defesas aéreas ucranianas derrubaram vários outros mísseis e os aviões estiveram envolvidos em combates aéreos sobre a cidade.

"Esses canalhas assinam contratos com uma mão e lançam mísseis com a outra", escreveu.

"Precisamos de aviões e precisamos afundar toda a frota do Mar Negro da Federação Russa. Este será o melhor acordo para a exportação de cereais", sublinha ainda.

Recorde-se que, esta sexta-feira Kyiv e Moscovo assinaram um acordo para permitir a exportação de milhões de toneladas de cereais retidos na Ucrânia.

Tendo em conta este novo entendimento a Rússia concordou em não visar portos enquanto os embarques estiverem em trânsito e a Ucrânia prometeu guiar os navios de carga através das águas minadas.

O acordo - que levou dois meses para ser alcançado - deve agora durar 120 dias, com um centro de coordenação e monitoramento estabelecido em Istambul, na Turquia, composto por funcionários da ONU, turcos, russos e ucranianos. Este só pode ser renovado se ambas as partes concordarem.

Leia Também: Kyiv e Moscovo já assinaram acordo para desbloquear exportação de cereais

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