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Orbán vaticina que Kyiv "nunca ganhará" e que só haverá paz em 2024

O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, vaticinou hoje que a Ucrânia não vencerá a guerra contra a Rússia e que a paz não será alcançada antes das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 2024.

Orbán vaticina que Kyiv "nunca ganhará" e que só haverá paz em 2024
Notícias ao Minuto

15:41 - 23/07/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"A Ucrânia nunca vencerá a Rússia", disse Orbán na cidade romena de Baile Tusnad, durante um comício organizado pela minoria húngara da Roménia.

"Nunca haverá negociações de paz russo-ucranianas", pois Moscovo quer garantias de segurança, acrescentou.

Considerado o maior aliado do presidente russo Vladimir Putin na União Europeia (EU), Viktor Orbán assegurou que Moscovo só negociará com Washington, algo que deu a entender não ser possível com o atual Presidente dos EUA, o democrata Joe Biden.

"A primeira possibilidade real de paz na Ucrânia será em 2024, quando se realizarão eleições presidenciais nos EUA", disse o líder ultraconservador, insinuando que os democratas sairão derrotados.

Orbán afirmou-se convencido que o exército russo não teria invadido a Ucrânia se o poder nos Estados Unidos e na Alemanha ainda estivesse nas mãos do ex-Presidente Donald Trump e da ex-chanceler alemã Angela Merkel, respetivamente.

"Se, no momento crítico, Trump fosse o Presidente dos Estados Unidos e Angela Merkel a chanceler da Alemanha, agora não haveria guerra na Ucrânia", declarou.

O primeiro-ministro húngaro justificou esta ideia com a sua firme convicção de que ambos os ex-governantes teriam acedido a "certas exigências" do Kremlin.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 4.000 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior, e causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,9 milhões para fora do país.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: UE condena "veementemente" ataque russo ao porto de Odessa

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