"A EMA iniciou uma série de ações para responder ao surto de varíola do macaco em curso", indica o regulador da UE em comunicado.
Explicando que esta é a primeira emergência de saúde pública de preocupação internacional declarada desde o reforço do papel da EMA na preparação de crises e na gestão de produtos medicinais e dispositivos médicos, a agência europeia aponta estar a fazer uma "monitorização da oferta, procura e escassez de medicamentos".
"O Grupo Diretor sobre Escassez de Medicamentos e de Dispositivos Médicos, estabelecido pelo novo regulamento, produzirá e manterá uma lista formal de medicamentos críticos para a emergência de saúde pública da Monkeypox", refere o regulador da UE, assinalando que "a lista será elaborada no âmbito de um processo de colaboração entre os Estados-membros, profissionais de saúde, doentes e consumidores".
Até ao momento, a EMA já autorizou dois medicamentos especificamente para a varíola do macaco, como o Tecovirimat para uso no tratamento e a vacina Imvanex, comercializada pelo grupo farmacêutico Jynneos.
O regulador da UE informa também que alargou a ação do Grupo de Trabalho Emergências, criado durante a pandemia para reunir conhecimentos especializados, para agora "tratar tanto da covid-19 como da varíola do macaco".
No que toca à Monkeypox, este grupo de trabalho "já foi ativado para discutir os tratamentos e vacinas disponíveis e as possíveis contramedidas médicas", devendo agora ser reforçado após a declaração de emergência de saúde pública de preocupação internacional.
"Desde o início do recente surto de varíola do macaco, a EMA tem estado a acompanhar de perto a situação e já tomou múltiplas medidas para preparar e apoiar a resposta da UE", mas "os novos poderes conferidos à agência ao abrigo do seu mandato alargado desencadeiam atividades adicionais, agora que a Monkeypox foi declarada uma emergência de saúde pública", conclui a agência na nota de imprensa.
Na semana passada, a OMS declarou o surto de Monkeypox como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta, quando estão notificados mais de 16 mil casos em 75 países.
"Temos um surto que se está a espalhar rapidamente à volta do mundo, do qual sabemos muito pouco e que cumpre os critérios dos regulamentos internacionais de saúde", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa, após a reunião do Comité de Emergência que avaliou a evolução da doença no mundo.
Nesse dia, a Direção-Geral da Saúde (DGS) afirmou que Portugal já adotou as medidas fundamentais para responder à Monkeypox.
Os dados mais recentes da DGS indicam que Portugal totaliza 588 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox.
Já os dados do Centro Europeu para Controlo e Prevenção das Doenças revelam que foram já detetados 9.697 casos de Monkeypox em 27 países da UE e EEE.
Está é a sétima vez que a OMS declara uma emergência internacional.
Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
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