"Ataques simultâneos na madrugada de hoje contra postos das Forças Armadas em Kalumba, perto de Mourdiah, na região de Narra, e Sokolo, nos arredores de Diabaly, na região de Segou", disse o Exército numa mensagem no Twitter.
Na mensagem, o exército salientou também as "tentativas de infiltração por parte de terroristas, que afetaram igualmente um posto de controlo no quartel Hamadoun Bocary Barry e na base da força aérea em Sevaré".
O ataque surge dias depois de o grupo terrorista Katiba Macina, afiliado da Al-Qaida, ter reivindicado a responsabilidade pelo atentado suicida de sexta-feira no Mali, visando a principal base militar do país, na periferia da capital, que fez pelo menos um morto.
O exército do Mali intensificou as suas operações contra os terroristas nos últimos meses, confiando no que afirma serem instrutores russos, que são, na verdade, paramilitares do grupo privado de segurança russo Wagner, que estão presentes no Mali desde o início de 2021, de acordo com diplomatas ocidentais.
O Mali, tal como outros países do Sahel, tem assistido nos últimos anos a um número crescente de ataques rebeldes, tanto da filial da Al-Qaida na região, como do Estado Islâmico, o que também levou a um aumento da violência intercomunal e à deslocação de dezenas de milhares de pessoas.
O Mali, um país sem litoral no coração do Sahel, foi palco de dois golpes militares em agosto de 2020 e maio de 2021.
A crise política anda a par de uma grave crise de segurança em curso desde o início, em 2012, de insurgências separatistas e sangrentas ações fundamentalistas islâmicas no norte.
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