O Serviço de Comunicação do Governo da Etiópia anunciou em comunicado na sua conta na rede social Facebook que o grupo terrorista Al-Shebab, que atravessou a fronteira com a Etiópia e tentou atacar algumas zonas da região somali, sofreu "graves perdas de pessoal e bens nos intensos combates com as forças especiais da região e nos esforços coordenados das forças de segurança federais".
"Este grupo terrorista planeava em entrar no distrito de Elkere e na região de Oromia para se juntar a outro grupo terrorista, o Exército de Libertação Oromo (OLA, na sigla em inglês) - que se separou da Frente de Libertação Oromo (OLF, também na sigla em inglês) após o acordo de paz de 2018 -, mas esse plano provou ser um fracasso total", salienta o Governo etíope, acrescentando que "a missão de eliminação das forças do grupo terrorista, que se dispersou e isolou após o contra-ataque, continuará de forma coordenada e calculada".
O Al-Shebab lançou uma ofensiva contra a região somali na semana passada, assumindo brevemente o controlo de duas cidades na área de Ato.
O grupo alegou através dos seus canais de propaganda que os combates resultaram na morte de 87 soldados somalis e publicou imagens dos corpos de vários deles.
Os ataques do Al-Shebab em áreas próximas da fronteira com a Etiópia são raros devido à forte presença das forças de segurança etíopes na área.
Adis Abeba também faz parte do destacamento da Missão de Transição da União Africana (ATMIS), que este ano substituiu a Missão da UA na Somália (AMISOM) após 15 anos de operações contra o fundamentalismo islâmico.
A Somália enfrenta um aumento no número de ataques da milícia islâmica Al-Shebab, tanto na capital, Mogadíscio, como em outras áreas do sul do país, o que levou o novo Presidente, Hassan Sheikh Mohamud, a prometer concentrar os seus esforços na segurança durante os primeiros cem dias do seu mandato.
Leia Também: Etiópia: Pelo menos 85 membros do Al-Shabab mortos