Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenou, "nos mais fortes termos", os recentes ataques contra bases da Monusco na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDCongo), que resultaram em vítimas civis e na morte de três capacetes azuis de nacionalidades indiana e marroquina.
Os ataques, que se registaram na terça-feira passada, também envolveram saque de materiais e destruição de instalações.
O Governo brasileiro, que assume atualmente a presidência do Conselho de Segurança da ONU, expressou "condolências e solidariedade aos familiares das vítimas e dos militares das Nações Unidas, bem como aos governos da Índia e do Marrocos".
E reiterou "o firme repúdio a todo e qualquer ataque contra funcionários e instalações das operações de manutenção da paz da ONU e conclama as autoridades congolesas a investigarem os ataques e levarem os responsáveis à justiça".
"O Brasil reafirma seu apoio à Monusco e aos esforços do governo congolês e da comunidade internacional em favor da estabilização e da consolidação da paz no leste da República Democrática do Congo", lê-se no comunicado.
Presente na RDCongo desde 1999, a Monuc (Missão da ONU na RDCongo) que se tornou Monusco (Missão da ONU para a Estabilização na RDCongo) com a evolução do seu mandato em 2010, é considerada uma das maiores e mais caras missões da ONU do mundo, com um orçamento anual de mil milhões de dólares (cerca de 980 milhões de euros, ao câmbio atual).
A missão da ONU conta atualmente com mais de 14 mil "capacetes azuis".
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