A diretora da escola primária do Texas, onde um atirador disparou sobre 19 alunos e dois professores até a morte em maio deste ano, está de volta ao trabalho após uma breve suspensão remunerada, segundo as autoridades.
Mandy Gutierrez, da escola primária Robb, em Uvalde, foi colocada em licença administrativa remunerada na segunda-feira após a divulgação de um relatório policial, a 17 de julho. Entre outros aspetos, estava em causa no relatório, a segurança da escola e o facto da responsável não ter arranjando a fechadura da instituição.
A diretora contestou algumas das conclusões do documento, e o superintendente do distrito escolar de Uvalde, Hal Harrell, enviou-lhe uma carta, esta quinta-feira, onde informa que reverteu a sua decisão de a manter em suspensão remunerada.
“Obrigado por ajudar enquanto trabalhamos na transição” desde o lançamento do relatório, escreveu Harrell, citado pelo jornal The Guardian. “Esperamos um 2022-2023 de sucesso”, acrescenta.
Gutierrez tinha dito, na quarta-feira, à CNN, que “absolutamente [não]” concordava com as conclusões do relatório de que a escola que “fomentava uma cultura de não conformidade com as políticas de segurança”.
Referiu ainda que iniciou um bloqueio assistido por uma aplicação móvel da escola Robb assim que ouviu o primeiro alerta de intruso. Acrescentou também que nunca recebeu reclamações de que a fechadura da sala de aula em questão não funcionava e que a equipa de manutenção a verificou na noite anterior ao tiroteio em massa.
“A porta da sala 111 trancou – e a razão pela qual eu sei disso é… eu mesmo usei minha chave mestra para destrancar aquela porta”, referiu Gutierrez. “Eu culparia coisas que estão fora do meu controlo”, sublinhou.
Recorde-se que o tiroteio de Uvalde é o segundo mais mortífero numa escola nos Estados Unidos, depois do que sucedeu em 2012 na escola de Sandy Hook, em Newton, no Estado do Connecticut, onde morreram 26 pessoas.
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