O presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, disse, esta segunda-feira, que concordou em "suspender imediatamente" as tarifas impostas ao México durante um mês, após uma conversa "muito amigável" com a chefe de Estado do país, Claudia Sheinbaum.
Numa publicação divulgada na sua rede social, a Truth Social, Trump revelou que tinha tudo uma "conversa muito amigável" com a sua homóloga mexicana, Claudia Sheinbaum.
"Foi uma conversa muito amigável em que ela concordou em fornecer imediatamente 10.000 soldados mexicanos na fronteira que separa o México e os Estados Unidos", escreveu Trump, acrescentando que esses "soldados serão designados especificamente para interromper o fluxo de fentanil e migrantes ilegais" para os Estados Unidos.
"Concordámos ainda em suspender imediatamente as tarifas antecipadas por um período de um mês, durante o qual teremos negociações lideradas pelo secretário de Estado Marco Rubio, pelo secretário do Tesouro Scott Bessent e pelo secretário do Comércio Howard Lutnick, e por representantes de alto nível do México. Espero participar nessas negociações, com a presidente Sheinbaum, para tentarmos chegar a um 'acordo' entre os nossos países", anunciou.
A Casa Branca anunciou no sábado que, a partir de terça-feira, haveria tarifas de 25% sobre todos os produtos mexicanos em retaliação ao défice comercial, à migração irregular e ao tráfico de fentanil. Os Estados Unidos também impuseram tarifas ao Canadá e China.
Na sua justificação, Washington argumentou que "os cartéis têm uma aliança com o governo do México e põem em risco a segurança nacional e a saúde pública dos Estados Unidos".
Em resposta, Sheinbaum revelou, no sábado, que anunciaria o seu 'Plano B', hoje, com medidas tarifárias e não tarifárias, além de acusar a Casa Branca de fazer acusações "terrivelmente irresponsáveis".
As tarifas são uma preocupação para o México, pois é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos, com as exportações para aquele país avaliadas em 490,183 mil milhões de dólares (cerca de 485 mil milhões de euros) em 2023, quase 30% do produto interno bruto (PIB) do México, de acordo com um relatório do Instituto Mexicano de Competitividade (IMCO).
Analistas têm dito que acreditam que as tarifas impostas pelos Estados Unidos estão a ser usadas por Trump como uma ferramenta para obter acordos mais favoráveis aos interesses dos EUA.
[Notícia atualizada às 16h44]
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