O batalhão Azov acusou, esta terça-feira, a Rússia de "arranjar novas desculpas e explicações para os seus crimes" ao designar o "regimento Azov" como uma "organização terrorista".
"Após a execução pública dos prisioneiros de guerra do regimento ‘Azov’ em Olenivka, a Rússia procura novas desculpas e explicações para os seus crimes de guerra. O Supremo Tribunal da Rússia reconheceu o regimento ‘Azov’ como uma ‘organização terrorista’", afirmou o batalhão na plataforma Telegram.
O batalhão referia-se ao ataque à prisão de Olenivka, na região separatista de Donetsk, no qual morreram cerca de 50 prisioneiros de guerra, detidos pelas tropas russas após a queda de Mariupol, em maio.
Na nota, o regimento descreve a Rússia como um "império patético", que "todos os dias ameaça destruir o mundo civilizado com armas nucleares" e, como tal, "deve ser punido de uma vez por todas".
"Apelamos ao Departamento de Estado norte-americano e aos organismos autorizados de outros Estados que se consideram civilizados para reconhecerem a Federação Russa como um Estado terrorista!", pediu, acrescentando que a "Rússia tem vindo a provar este estatuto com as suas ações diárias há muitos anos".
O Supremo Tribunal da Rússia decretou hoje "organização terrorista" o batalhão ucraniano Azov, agravando a situação dos combatentes que foram feitos prisioneiros no sul da Ucrânia.
De acordo com a legislação russa, os líderes de uma organização terrorista podem ser condenados a penas entre 15 a 20 anos de prisão, e os elementos que integram os grupos incorrem a penas de prisão entre cinco a dez anos.
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