"A acusação considera que ficou provada a culpa de Brittney Griner", afirmou o procurador Nikolai Vlasenko, pedindo também que a jogadora seja condenada ao pagamento de uma multa de um milhão de rublos (cerca de 16.000 euros).
A legislação russa prevê uma pena máxima de 10 anos de prisão para o crime do qual Brittney Griner, que ainda hoje deverá ter oportunidade de falar no tribunal de Jimki, na região de Moscovo, é acusada.
A defesa da basquetebolista norte-americana, duas vezes campeã olímpica (Rio2016 e Tóquio2020) e uma das principais figuras da Liga norte-americana de basquetebol (WNBA), pediu a absolvição.
Griner, que representa alternadamente a equipa norte-americana Phoenix Mercury e a russa Ecaterimburgo, conforme o calendário dos campeonatos, foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, após terem sido detetados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na sua bagagem, segundo as autoridades locais.
A prisão de Griner ocorreu numa altura em que se agravaram as relações entre Washington e Moscovo por causa da nova invasão da Ucrânia por parte da Rússia, em 24 de fevereiro.
Griner afirmou perante o tribunal que não sabe como os frascos com óleo de canábis surgiram na própria bagagem acrescentando, no entanto, que tem uma receita médica que lhe permite o uso de canábis para efeitos de saúde por causa de dores provocadas pelo exercício físico como atleta.
A jogadora de basquetebol, de 31 anos, considerou-se culpada mas disse que não tinha qualquer intenção criminosa em fazer entrar o óleo de canábis na Rússia durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol da Rússia.
A Administração norte-americana tem sido alvo de fortes pressões nos Estados Unidos para conseguir a libertação de Griner, assim como de outros cidadãos dos Estados Unidos que estão "erradamente detidos" na Rússia.
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