EUA disponíveis para reforma do Conselho de Segurança da ONU
A embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, admitiu hoje, na Praia, a disponibilidade norte-americana para uma reforma do Conselho de Segurança, incluindo o alargamento a África dos membros permanentes.
© Getty
Mundo Linda Thomas-Greenfield
"Apoiamos a reforma do Conselho de Segurança. Temos sido claros sobre isso desde o início. Estamos preparados para ter essas discussões", disse a diplomata, questionada pela agência Lusa durante a conferência de imprensa na Praia, escala da visita a três países africanos que a levou hoje a reunir-se com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é composto por cinco membros permanentes (EUA, Rússia, França, Reino Unido e República Popular da China), e dez não-permanentes, que são eleitos para mandatos de dois anos pela Assembleia Geral, incluindo nestes três países africanos. Contudo, a África é o único continente sem um país como membro permanente daquele órgão máximo da ONU.
"Discutimos com vários países as diferentes configurações do que eles estão propondo, em termos de novos membros permanentes, e esperamos continuar essas discussões com a ideia de que chegaremos a uma decisão sobre a realização de algumas reformas", disse ainda a embaixadora, que antes da escala em Cabo Verde visitou também o Uganda e o Gana.
"Também apoiamos muito, muito, uma reforma recente na Assembleia Geral que exige que qualquer país que use seu poder de veto seja convocado perante a Assembleia Geral para explicar por que achou necessário vetar uma resolução do Conselho de Segurança, e achamos que os países devem estar preparados para se defender se usarem o poder de veto", recordou Thomas-Greenfield.
Durante a visita aos três países africanos, em que a embaixadora norte-americana na ONU se reuniu com os chefes de Estado e de Governo, a insegurança alimentar e a guerra na Ucrânia foram temas da agenda.
De acordo com a diplomata, que se encontrou nos últimos quatro dias também com agricultores locais, ativistas e membros da sociedade civil, além de visitar mercados, os Estados Unidos estão a tentar liderar a resposta à crise alimentar, apoiando a ONU, através de um "roteiro para a segurança alimentar global".
A embaixadora acrescentou que, além das consequências da guerra na Ucrânia para África, a visita a estes três países integra também "uma série de compromissos de alto nível que visam afirmar e fortalecer parcerias e relacionamentos com líderes e povos africanos", incluindo a preparação da cimeira EUA-África, a ter lugar em dezembro próximo.
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