A Rússia adotou uma lei que criminaliza a divulgação de "informações falsas" sobre os seus militares logo após os militares russos terem entrado em território ucraniano em 24 de fevereiro.
Vladimir Kara Murza Jr. estava ligado ao líder da oposição Boris Nemtsov, que foi morto perto do Kremlin em 2015.
O jornalista terá também sobrevivido a envenenamentos em 2015 e 2017 - que atribuiu ao regime de Vladimir Putin, mas as autoridades russas negaram.
O processo criminal contra Vladimir Kara Murza Jr. decorre de um discurso de 15 de março que fez na Câmara dos Representantes no Arizona, nos Estados Unidos, no qual denunciou a invasão russa da Ucrânia.
A lei foi adotada uma semana após a invasão, que foi recebida por uma onda de indignação pública e protestos nas ruas de Moscovo e São Petersburgo.
O Kremlin insistiu que a sua "operação militar especial" na Ucrânia teve apoio público esmagador e agiu rapidamente para abafar qualquer crítica.
Milhares de manifestantes foram detidos, dezenas de meios de comunicação social foram encerrados e os críticos enfrentaram processos judiciais.
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