"A melhor prática atual é que vírus recém-identificados, doenças relacionadas e variantes de vírus devem receber nomes com o objetivo de evitar ofender qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico e minimizar qualquer impacto negativo no comércio, viagens, turismo ou bem-estar animal", indicou a OMS em comunicado.
De acordo com o organismo, especialistas em varíola, biologia evolutiva e representantes de institutos de investigação de todo o mundo examinaram a filogenia e a nomenclatura de variantes ou caldes (subgrupos do vírus) conhecidas e novos do Monkeypox, vírus que causa a doença varíola dos macacos.
"Discutiram as características e a evolução das variantes do vírus da varíola dos macacos, as suas aparentes diferenças filogénicas e clínicas e possíveis consequências para a saúde pública e futuras investigações virológicas e evolutivas", adiantou a OMS.
O grupo chegou a um consenso sobre uma nova nomenclatura para as variantes do vírus que está de acordo com as melhores práticas, concordando como deveriam ser registadas e classificadas em 'sites' de repositórios de sequências genómicas.
"O consenso foi alcançado para agora se referir à antiga clade da Bacia do Congo (África Central) como Clade I e a antiga clade da África Ocidental como Clade II. Além disso, foi acordado que a Clade II consiste em duas subclades", observou.
A estrutura da nomenclatura vai ser representada por um número romano para a clade e um caráter alfanumérico para as subclades.
Assim, segundo a OMS, a nova ordem compreende Clade I, Clade IIa e Clade IIb, com a última a referir-se principalmente ao grupo de variantes que circulam no surto global de 2022.
"A nomeação das linhagens vai ser proposta pelos cientistas à medida que o surto evoluir. Os especialistas vão ser convocados novamente conforme necessário", apontou a entidade especializada em saúde.
Os novos nomes para as clades devem entrar em vigor "imediatamente", acrescentou a OMS.
O vírus da varíola do macaco foi nomeado depois de ter sido descoberto em 1958, antes que fossem adotadas melhores práticas na nomeação de doenças e vírus, tendo sido identificado pelas regiões geográficas onde se tinha conhecimento da sua circulação.
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