"Ficámos chocados e tristes ao saber do ataque perverso contra Salman Rushdie. Nós, juntamente com todos os americanos e pessoas em todo o mundo, rezamos pela sua saúde e recuperação", escreveu, em seu nome e da sua mulher, o Presidente norte-americano, em comunicado divulgado pela Casa Branca.
O escritor britânico, autor dos controversos "Versículos Satânicos", foi esfaqueado na sexta-feira no estado de Nova Iorque e encontra-se hospitalizado, ligado a um ventilador.
Joe Biden referiu que Salman Rushdie, "com a sua visão sobre a humanidade, com o seu inigualável sentido de história e a recusa em ser intimidado ou silenciado, representa ideais essenciais e universais".
"A verdade. A coragem. A resiliência. A capacidade de partilhar ideias sem medo. Estes são os pilares da construção de qualquer sociedade livre e aberta. E, hoje, reafirmamos o nosso compromisso com esses valores profundamente americanos em solidariedade com Rushdie e todos aqueles que defendem a liberdade de expressão", declarou o Presidente dos EUA.
Rushdie foi atacado na sexta-feira quando iniciava uma palestra em Chautauqua, no noroeste do estado norte-americano de Nova Iorque.
O alegado autor do esfaqueamento é Hadi Matar, de 24 anos, que foi detido e acusado pelas autoridades de Nova Iorque de tentativa de assassínio e agressão.
Hadi Matar vive no estado vizinho de Nova Jérsia e ainda não se sabe o motivo que o levou a esfaquear o escritor britânico.
Salman Rushdie incendiou parte do mundo muçulmano com a publicação, em setembro de 1988, do livro "Os Versículos Satânicos", levando o fundador da República Islâmica do Irão, o ayatollah Rouhollah Khomeini, a emitir uma "fatwa" (decreto religioso) em 1989 pedindo a sua morte.
Leia Também: Vendas de "Os Versículos Satânicos" aumentam após ataque a Salman Rushdie