O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, adiantou, através de uma publicação na rede social Twitter, ter falado esta terça-feira, por via telefónica, com o homólogo francês, Emmanuel Macron. Segundo o mesmo, ambas as partes abordaram a situação potenciada pelo "terrorismo nuclear russo" na central de Zaporíjia (Zaporizhzhia).
O chefe de Estado ucraniano não forneceu mais detalhes acerca do que foi discutido a propósito da situação nesta central nuclear, que foi tomada pelos russos logo no início da invasão sobre a Ucrânia.
Na mesma publicação, Zelensky deu ainda conta que agradeceu a Macron pela "ajuda tangível" oferecida por França ao nível da defesa do país, cujo território foi invadido pela Rússia a 24 de fevereiro.
"Discutimos a ajuda macrofinanceira à Ucrânia e os desafios à segurança alimentar", pode ainda ler-se no 'post' - onde o líder ucraniano defendeu ainda ser necessário "aumentar as sanções contra a Rússia".
Continued dialogue with 🇫🇷 President @EmmanuelMacron. Informed about the situation at the front, Russia's nuclear terrorism at the ZNPP. Thanked for 🇫🇷's tangible defense aid. Discussed macro-financial aid to 🇺🇦 & food security challenges. We must increase sanctions on Russia.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 16, 2022
De recordar que, na segunda-feira, o presidente da Ucrânia tinha já pedido a todo o mundo para que demonstrasse "força e determinação" para defender aquela que é a maior central nuclear da Europa, localizada em Zaporíjia.
Isto depois de, nos últimos tempos, se terem registado vários episódios de bombardeamentos nos arredores da mesma, que têm motivado Kyiv e Moscovo a trocar acusações a respeito da natureza de tais incidentes.
Razão que levou as autoridades ucranianas a pedirem uma desmilitarização da região, acompanhada da retirada das forças russas. Em causa está uma proposta que conta com o inteiro apoio dos aliados ocidentais da Ucrânia.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 5.500 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a mesma entidade alerta que o número real de óbitos deverá ser bastante superior.
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