Nusantara, a 2.000 quilómetros de Jacarta, vai tornar-se a nova capital política do arquipélago do Sudeste Asiático e do quarto país do mundo em termos de população, com mais de 270 milhões de pessoas.
O projeto, anunciado pelo Presidente Joko Widodo em 2019, foi criticado por ambientalistas, que receiam que poderá acelerar a destruição da floresta tropical.
O Governo prepara-se para redobrar os seus esforços em projetos de infraestruturas de modo a poder inaugurar a nova capital quando Widodo deixar o cargo, em 2024.
A nova capital ocupará mais de 56.000 hectares na província de Kalimantan Oriental, na ilha de Bornéu, partilhada pela Indonésia, Malásia e Brunei.
No total, foram reservados mais de 256.000 hectares para a expansão do projeto.
"A dinâmica da independência deve ser uma [fonte de] motivação no processo de transferência e desenvolvimento da nova capital da Indonésia", disse o presidente da Autoridade da Nova Capital, Bambang Susantono, citado pela agência indonésia Antara.
Após o hastear da bandeira nacional em honra da independência, os trabalhadores no local proclamaram conjuntamente que estavam "prontos para desenvolver Nusantara", noticiou a agência francesa AFP.
A Indonésia proclamou a independência dos Países Baixos em 17 de agosto de 1945, que só foi reconhecida pela potência colonial quatro anos mais tarde, na conferência de Haia.
Situada na ilha de Java, a capital indonésia, Jacarta, tem uma população de mais de 10 milhões de pessoas, que triplica com a respetiva área metropolitana.
A cidade carece de infraestruturas, tem engarrafamentos constantes, regista níveis elevados de poluição e sofre inundações frequentes devido à subida do nível do mar.
A construção do projeto da nova capital deveria ter começado em 2020, mas sofreu atrasos devido à pandemia de covid-19.
O projeto está orçado em 34.000 milhões de dólares (mais de 33.400 milhões de euros, ao câmbio atual).
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