Um russo, identificado pelas iniciais M.Z., de 24 anos, foi detido depois de ter entrado nos terrenos da fábrica em Gramsh, a 80 quilómetros a sul da capital, Tirana, e ter tirado fotografias, indicou o Ministério, em comunicado.
Dois guardas militares foram feridos por um "spray paralisante" utilizado pelos russos enquanto resistiam à detenção, afirmou.
Uma russa, S.T., de 33 anos, e um ucraniano, F.A., de 25, foram presos no exterior do complexo e o seu veículo bloqueado, de acordo com a mesma declaração do Ministério.
"Três pessoas foram acompanhadas pela polícia que, em cooperação com outras instituições, está a investigar o caso", disse a declaração, acrescentando que a polícia militar, a polícia de informações do exército e a polícia civil e antiterrorista estão a coordenar o caso.
Os dois guardas do exército feridos pelo spray foram levados para um hospital militar.
A fábrica militar Gramsh abriu em 1962 para produzir espingardas de assalto AK-47, ou Kalashnikov. A produção foi suspensa na sequência da queda do regime comunista em 1990 e, a partir de então, começou a desmantelar as velhas Kalashnikov e outras pequenas armas, bem como reparações de outros armamentos do exército.
"Que orgulho para os guardas militares que neutralizaram três indivíduos suspeitos de espionagem", escreveu o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, na rede social Twitter, acrescentando: "Agora vamos esperar pelo esclarecimento total deste evento".
A Albânia, membro da NATO desde 2009, rejeitou fortemente à invasão russa da Ucrânia e aderiu às sanções da União Europeia e dos Estados Unidos contra Moscovo.
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