Em meados de maio, as autoridades de transição no Mali, impedidas de assumir a presidência, decidiram retirar-se do G5-Sahel e da sua força conjunta, uma aliança militar que luta contra grupos jihadistas, alegando uma "perda de autonomia" e uma "instrumentalização" no seio da organização regional formada com a Mauritânia, o Chade, o Burquina e o Níger.
"Revimos (...) a situação sub-regional e pensámos que o Mali (...) é hoje o grande ausente na cooperação em matéria de defesa", disse o ministro da defesa do Níger, Alkassoum Indattou.
"Temos de trabalhar para que o Mali possa voltar e assumir as suas responsabilidades e desempenhar o seu papel", acrescentou.
Alkassoum Indattou, acompanhado pelo seu homólogo do Burkina Faso, Barthélemy Simporé, interveio após uma reunião com o Presidente da transição naquele país, Paul-Henri Sandaogo.
"Além destas operações, planeamos realizar operações mais regulares e permanentes no terreno entre as várias forças armadas para garantir que ocupem o terreno, assumam o controlo e não possam deixar um único centímetro, quer no Níger quer no Burkina Faso, aos terroristas", acrescentou Alkassoum Indattou.
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