Adiada extração de combustível fundido da central nuclear de Fukushima

Os trabalhos de remoção do combustível fundido da central nuclear devastada de Fukushima, no nordeste do Japão, foram novamente adiados para garantir a segurança do projeto, disse o operador da central.

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Lusa
26/08/2022 07:47 ‧ 26/08/2022 por Lusa

Mundo

Japão

A Tokyo Electric Power Company (Tepco) tinha planeado começar a remover combustível fundido e outros resíduos radioativos de um dos reatores este ano, uma data já adiada uma vez em relação ao objetivo original de 2021.

Mas o operador disse, na quinta-feira, precisar de um "período de preparação adicional" de 12 a 18 meses, remetendo o possível início da extração para o final do próximo ano ou início de 2024.

O adiamento foi necessário "para melhorar a segurança e garantir o êxito" da busca dentro dos reatores e a recuperação do combustível fundido, indicou.

Os engenheiros estão a completar os preparativos para a utilização de um braço robótico especialmente concebido para esta missão ultra delicada, incluindo ajustamentos à velocidade e precisão, disse a Tepco.

Desenvolvido no Reino Unido pela Veolia Nuclear Solutions e pela Mitsubishi Heavy Industries, o braço robótico de 20 metros de comprimento foi entregue em julho passado, já com um atraso devido à pandemia da covid-19.

A 11 de março de 2011, um poderoso sismo no nordeste do Japão desencadeou um enorme tsunami que se abateu sobre a central nuclear de Fukushima Daiichi, causando o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986.

A Tepco, o governo japonês e uma série de empresas de engenharia estão a trabalhar para desmantelar os reatores danificados em Fukushima, o que deverá demorar entre 30 a 40 anos.

Além deste processo, as autoridades japonesas têm em mãos uma outra operação: o tratamento e a eliminação da água contaminada na central e que deverá ser progressivamente lançada no oceano, ao longo de várias décadas, sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Mais de 18 mil pessoas morreram ou desapareceram, na sequência do sismo e o tsunami de 2011, no nordeste japonês.

Leia Também: Japão planeia construir reatores nucleares de nova geração

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