O ex-presidente e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, fez declarações, esta sexta-feira, que indicam que, mesmo que a Ucrânia desista de ingressar na NATO, a Rússia vai continuar com o conflito militar.
Estas declarações aconteceram numa entrevista à televisão francesa LCI, onde também foi dito que a Rússia estava preparada para ter conversas com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sob certas condições.
De acordo com o governante, "renunciar à participação na Aliança do Atlântico Norte (NATO) é vital, mas não é suficiente para estabelecer a paz".
Acrescentou que a Rússia vai continuar a campanha militar até que os seus objetivos sejam alcançados e que o objetivo de Putin é "desnazificar" a Ucrânia.
Quanto a negociações, "vão depender de como os eventos se desenrolam. Estávamos prontos antes para nos encontrar (com Zelensky)", segundo Medvedev.
De seguida, falou ainda sobre as armas dos EUA já fornecidas à Ucrânia e como os lançadores de mísseis múltiplos HIMARS ainda não representam uma ameaça substancial, apesar de ser algo que pode mudar se as armas enviadas pelos EUA atingirem alvos a distâncias maiores.
"Isto significa que quando este tipo de míssil voa 70 km, é uma coisa", referiu. "Mas quando são 300-400 km, isso é outra, e isso seria uma ameaça direta ao território da Federação Russa", sublinhou, por fim.
Leia Também: Medvedev ameaça? "Também são possíveis acidentes" em centrais na UE