Numa entrevista publicada na edição de hoje do 'Daily Telegraph', o responsável pela pasta da Economia considera que mesmo as famílias com rendimentos anuais superiores a 45 mil libras (cerca de 52.986 euros) poderão ser obrigadas a recorrer à ajuda do executivo.
Este alerta surge um dia depois de o regulador do setor energético britânico (o Ofgem) ter anunciado que o preço máximo que as empresas de energia poderão cobrar aos clientes domésticos por ano, a partir de 01 de outubro, foi fixado em 3.549 libras (4.202 euros), um valor que compara com o atual de 1.971 libras (2.325 euros).
A subida da fatura energética responde ao aumento dos preços do gás que está a observar-se a nível mundial, que começou a sentir-se com a recuperação da economia e se agravou com a guerra na Ucrânia.
A nova tarifa agora divulgada (e que será revista no final do ano) surge numa altura em que o Reino Unido ainda aguarda pela confirmação, em 05 de setembro, do nome do sucessor do primeiro-ministro, Boris Johnson, que anunciou a sua demissão em julho.
Na entrevista ao referido jornal, Zahawi assegura que o Tesouro está a explorar "todas as opções" possíveis para ajudar as famílias do país nos próximos meses.
O ministro alerta ainda que o país atravessa atualmente uma "emergência económica nacional que pode durar 18 meses ou dois anos".
"Se for uma enfermeira ou um professor com um salário anual de 45 mil libras [52.986 euros] e a sua conta com a energia aumentar 80%, ou provavelmente ainda mais no próximo ano, vai ser muito difícil", referiu.
O ministro da Economia indicou também que está a "avaliar o que mais pode ser feito para ajudar as pessoas que realmente precisam de ajuda" a lidar com estes aumentos.
Entre as alternativas que estão a ser estudadas pelo Governo -- e que terão de ser decididas pelo próximo primeiro-ministro -- está o aumento dos subsídios sociais ou um programa de empréstimos aos fornecedores de energia para evitar que passem para os consumidores os custos extra.
Nadhim Zahawi revelou ainda que estão também a ser consideradas medidas para ajudar as pequenas e médias empresas, como reduções temporárias do IVA, uma vez que existe a convicção de que não ajudar as empresas deixará "uma cicatriz, a longo prazo, na economia".
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