As duas partes trocam acusações de quebra do frágil cessar-fogo e de retomar o conflito, que eclodiu em novembro de 2020.
De acordo com o executivo do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, o grupo rebelde desejam "um conflito em grande escala".
Nesse sentido, acusou a TFLP, num comunicado, de preparar todo o tipo de "atividades brutais" que ameaçam a população civil tanto da região de Tigray, como das regiões vizinhas de Amhara e Afar, segundo a emissora FANA.
O comunicado não inclui detalhes das operações que as Forças Armadas estão alegadamente a realizar, referindo apenas que o fazem "com plena eficiência e capacidade".
A TPLF acusou as forças etíopes de bombardearem uma creche e fontes médicas citadas pela agência Bloomberg confirmaram pelo menos quatro mortes, duas delas crianças.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenou hoje o ataque, confirmando que há menores de idade entre as vítimas do ataque.
"A Unicef condena veementemente o ataque aéreo em Mekelle, capital da região de Tigray, na Etiópia. O ataque atingiu um jardim-de-infância, matando várias crianças e ferindo outras", denunciou a diretora executiva da organização, Catherine Russell, através da rede social Twitter.
"Mais uma vez as crianças pagaram um preço elevado pela escalada da violência no norte da Etiópia. Durante cerca de dois anos, as crianças da região e as suas famílias sofreram os horrores deste conflito. Ele deve cessar", acrescentou.
Desde o seu início, em novembro de 2020, a guerra no norte da Etiópia matou vários milhares de pessoas, deslocou mais de dois milhões e mergulhou centenas de milhares de etíopes em condições de quase fome, de acordo com as Nações Unidas.
As tréguas alcançadas no final de março permitiram o recomeço gradual da entrega de ajuda humanitária por estrada a Tigray, após três meses de interrupção.
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