Ucrânia. Espanha enviará munições de longo alcance e material de inverno
Espanha vai enviar para a Ucrânia esta semana munições de longo alcance e material de inverno destinado às forças militares, disse, esta terça-feira, a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles.
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Mundo Ucrânia/Rússia
"Esta semana, quatro aviões de um país aliado vão levar para a Ucrânia munições de longo alcance e amanhã [quarta-feira] sairá uma caravana importante com material de inverno. São as duas prioridades que nos pediu o governo ucraniano", disse Margarita Robles, em Praga, onde decorre uma reunião informal de mnistros da Defesa da União Europeia.
Sem dar mais detalhes do material militar que Espanha vai enviar para a Ucrânia, que enfrenta um ataque da Rússia desde 24 de fevereiro, a ministra espanhola agradeceu "aos países aliados" que estão a ajudar o governo de Espanha a entregar este material a Kyiv.
Na reunião de Praga, os ministros da Defesa europeus discutem, esta terça-feira, a proposta de criação de uma missão de treino de alto nível da União Europeia para o exército ucraniano.
A ideia de lançar uma missão de treino da UE para as forças ucranianas foi revelada na semana passada pelo Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell.
À chegada à reunião desta terça-feira, à qual preside, Borrell assumiu como prioridade do encontro a discussão sobre "a ideia de uma missão de treino de alto nível para o exército ucraniano", e disse esperar que seja alcançada já em Praga a "luz verde política" a esta iniciativa.
"Hoje é uma reunião informal e, por isso, não pode ser tomada nenhuma decisão, mas creio que podemos alcançar hoje um acordo político geral. Mais tarde serão definidos os detalhes. Nós temos um procedimento complexo para identificar objetivos, dimensão, recursos... Mas hoje espero que tenhamos uma luz verde política para esta missão", declarou o Alto Representante.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções.
A ONU apresentou como confirmados 5.663 civis mortos e 8.055 feridos na guerra, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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