Libertada freira norte-americana raptada em abril no Burkina Faso

Uma freira norte-americana de 83 anos, sequestrada em abril por fundamentalistas islâmicos no norte do Burkina Faso, foi libertada, anunciou hoje em comunicado a diocese da cidade de Kaya (norte).

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Lusa
31/08/2022 19:34 ‧ 31/08/2022 por Lusa

Mundo

Burkina Faso

 

"É com grande alegria e gratidão a Deus que anunciamos a todos que a irmã Suellen Tennyson, a freira sequestrada em Yalgo na noite de segunda-feira 04 de abril para terça-feira 05 de abril, foi libertada pelos seus captores", lê-se no comunicado assinado pelo bispo de Kaya, Théophile Naré.

O bispo acrescentou que a freira "está atualmente em local seguro" e "goza de boa saúde", e alega não ter "nenhuma informação sobre as condições da libertação", mas manifesta a sua "profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam nesse sentido".

Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado saudou a "libertação de uma cidadã norte-americana no Níger, que havia sido sequestrada na África Ocidental"

O porta-voz não deu nenhuma identificação, mas Suellen Tennyson era a única refém norte-americana naquela área.

A recém-libertada encontrar-se-á "em breve" com os seus familiares em "recato", de acordo com a sua vontade, acrescentou o porta-voz.

A freira Suellen Tennyson, da Congregação das Irmãs Marianitas da Santa Cruz, estava no norte de Burkina Faso desde outubro de 2014, quando foi sequestrada a meio da noite.

Na ocasião, o bispo de Kaya disse à agência France-Presse que a religiosa "tinha sido levada para destino desconhecido pelos captores que, antes de sair, vandalizaram quartos e sabotaram o veículo comunitário que tentaram levar consigo".

Yalgo localiza-se entre Kaya e Dori, duas grandes cidades no norte de Burkina Faso, uma região atormentada por regulares ataques de fundamentalistas islâmicos há sete anos.

Assim como os vizinhos Mali e Níger, o Burkina Faso está refém desde 2015 de uma espiral de violência atribuída a movimentos islâmicos armados, ligados à Al-Qaeda e ao grupo extremista Estado Islâmico, que provocaram vários milhares de mortos e quase dois milhões de deslocados.

Leia Também: Forças Armadas do Burkina Faso anunciam morte de 28 extremistas islâmicos

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