O homem de 40 anos da região de Hebron, na Cisjordânia ocupada, está em detenção administrativa desde dezembro passado, uma medida controversa que permite a Israel deter pessoas sem acusações formais.
Awawdeh havia iniciado uma greve de fome em março, protestando pela sua detenção, cujas razões não foram reveladas.
As autoridades palestinianas estimaram hoje o total da sua greve de fome em 172 dias, sabendo que fez pausas durante alguns dias.
Na noite de hoje, o Clube dos Prisioneiros Palestinianos anunciou que o homem havia terminado a greve graças a um "pacto" com Israel.
Num vídeo divulgado pela família, da cama de hospital, Awawdeh, raquítico e enfraquecido, disse que estava a interromper a greve devido a um acordo de libertação.
"A notícia da alta veio hoje, terei alta no dia 2 de outubro. Até lá, vou ficar no hospital para (...) me recuperar", disse, referindo-se a uma "grande vitória para o povo palestiniano".
Após uma escalada militar mortal de três dias no início de agosto, Israel e a Jihad Islâmica anunciaram um acordo de cessar-fogo que, segundo as autoridades palestinianas, previa a libertação de Khalil Awawdeh e Bassam al-Saadi.
Bassam al-Saadi, detido em 01 de agosto, foi formalmente acusado por um tribunal militar israelita de apoiar e transferir fundos para uma organização "terrorista".
Israel ainda não se manifestou sobre o anúncio de Awawdeh.
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