Boris Johnson apela à unidade do partido após a vitória de Liz Truss

O primeiro-ministro britânico cessante, Boris Johnson, apelou hoje ao Partido Conservador para se unir "100%" em torno de Liz Truss, que ganhou a corrida para o suceder, mas herda uma maioria enfraquecida por escândalos e dividida pela campanha.

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Lusa
05/09/2022 14:39 ‧ 05/09/2022 por Lusa

Mundo

Reino Unido

"Agora é a altura de todos os conservadores apoiarem-na a 100%", escreveu Boris Johnson na rede social Twitter, após felicitar a atual ministra dos Negócios Estrangeiros e a sua sucessora na liderança do partido e do Governo pela vitória "conclusiva".

Para Johnson, Truss "tem o plano certo para enfrentar a crise do custo de vida, unir o nosso partido e continuar o grande trabalho de unificação e nivelamento do nosso país".

A ministra dos Negócios Estrangeiros foi declarada hoje a vencedora da corrida à liderança do Partido Conservador com 81.236 votos (57%), enquanto o rival Rishi Sunak, antigo ministro das Finanças, obteve 60.399 (43%), uma diferença menor do que indicavam as sondagens.

Truss, de 47 anos, será a terceira mulher primeira-ministra do Reino Unido, após Margaret Thatcher e Theresa May, e a quarta política a ocupar o cargo em seis anos. 

Num discurso após o anúncio do resultado, prometeu "um plano ousado para reduzir os impostos e fazer crescer a economia" do país.

"Irei apresentar medidas para combater a crise energética e aliviar as contas de energia das pessoas, mas também resolver os problemas a longo prazo que temos sobre o fornecimento de energia", acrescentou.

Numa mensagem de unidade, a nova líder dos 'tories' (conservadores) garantiu também que irá "utilizar todos os fantásticos talentos do Partido Conservador" para formar o novo Governo, cuja composição deverá começar a ser anunciada na terça-feira.

Boris Johnson informará a rainha Isabel II na terça-feira da demissão do cargo e a monarca indigitará Liz Truss e pedir-lhe-á que forme Governo enquanto líder do partido com maioria parlamentar.

As audiências terão lugar no Castelo de Balmoral, no norte da Escócia, onde a rainha se encontra, rompendo com a tradição de acontecer no Palácio de Buckingham, tendo um porta-voz da monarca de 96 anos invocado problemas de mobilidade para evitar a viagem até Londres. 

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