Monkeypox. EUA admitem alargar vacinação a homens com VIH
As autoridades norte-americanas estão a considerar alargar o grupo de pessoas elegíveis para serem vacinadas contra o vírus Monkeypox, passando a incluir homens com VIH ou recentemente diagnosticados com doenças sexualmente transmissíveis.
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Mundo Monkeypox
A possibilidade surge na sequência de um estudo divulgado na quinta-feira, que indica que uma percentagem maior do que o esperado de infeções pelo vírus Monkeypox foi registada em pessoas que já apresentaram infeções sexualmente transmissíveis.
Perante estes dados, John Brooks, diretor clínico para a resposta à Monkeypox do Centro de Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, considerou que o estudo constitui um "apelo à ação" no combate à doença provocada pelo vírus VMPX.
Em declarações à agência Associated Press, John Brooks disse esperar que a recomendação da vacina contra a Monkeypox seja alargada e que "a Casa Branca, juntamente com o CDC, estão a trabalhar num plano" para definir eventuais novos grupos elegíveis para essa vacinação.
A grande maioria dos casos de Monkeypox têm sido registados em homens que fazem sexo com homens e que relataram um contacto próximo com uma pessoa infetada, mas o novo relatório do CDC sugere uma elevada incidência de infeções em pessoas com VIH (o vírus da imunodeficiência humana que causa a SIDA) e com doenças sexualmente transmissíveis.
O estudo analisou cerca de 2.000 de Monkeypox em quatro estados norte-americanos e chegou à conclusão de que 38% das pessoas infetadas com o vírus VMPX tinham sido diagnosticadas com HIV.
Além disso, as conclusões da investigação do CDC, que admite várias limitações nesse estudo, indicam que 41% dos infetados com Monkeypox sofreu de uma doença sexualmente transmissível no ano anterior.
Os EUA lideram o número de infeções a nível global (mais de 20.000 até terça-feira), 98% das quais registadas em homens.
Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox, conhecida por varíola dos macacos, são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
O vírus Monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.
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