A autoridade de saúde da África do Sul (SAHPRA, na sigla em inglês) relatou a primeira morte em 04 de agosto.
Depois, foi informada de um segundo caso fatal de síndrome de Guillain-Barré (GBS, na sigla em inglês) após a vacinação com a fórmula da Janssen, explicou esta autoridade em comunicado divulgado na segunda-feira.
A J&J referiu, em resposta à agência France-Presse (AFP) que "casos muito raros do distúrbio neurológico, síndrome de Guillain-Barré, foram relatados após a vacinação com a vacina Janssen contra a covid-19, a maioria ocorrendo durante os primeiros 42 dias após a vacinação".
"O GBS é uma reação adversa muito rara, mas grave, associada à administração de várias vacinas e outros medicamentos e também pode ser desencadeada por infeções como o SARS-CoV-2", acrescentou o laboratório norte-americano, sem comentar em concreto os casos ocorridos na África do Sul.
A SAHPRA também não forneceu mais detalhes sobre os pacientes que morreram, citando "sigilo médico".
No entanto, observou no comunicado que "os eventos relatados na pessoa vacinada atenderam à definição de caso de SGB e nenhuma outra causa provável de SGB foi identificada".
A síndrome de Guillain-Barré é um ataque dos nervos periféricos caracterizado por fraqueza ou mesmo paralisia progressiva, na maioria das vezes começando nas pernas e às vezes subindo para atingir os músculos da respiração e depois os nervos da cabeça e pescoço.
A África do Sul, oficialmente o país africano mais afetado pela pandemia, registou mais de quatro milhões de casos de covid-19 e 102.129 mortes.
Com uma população de 60 milhões, 20,3 milhões de sul-africanos foram vacinados e mais de 9,2 milhões receberam a vacina da J&J e 12,5 milhões do laboratório da Pfizer, segundo dados oficiais.
Em 31 de março de 2021, a SAHPRA aprovou o uso na África do Sul da vacina Janssen contra a covid-19 para indivíduos com 18 anos ou mais, com uma dose única de vacinação primária, refere-se no comunicado.
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