Assinado acordo para construir gasoduto da África Ocidental

Marrocos, Nigéria e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) assinaram hoje um acordo para desenvolver um gasoduto com 7.000 quilómetros, em águas de treze países da região, com ligação futura à Europa.

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Lusa
15/09/2022 16:36 ‧ 15/09/2022 por Lusa

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Gasoduto

A assinatura do memorando de entendimento ocorreu em Rabat entre o presidente da Nigerian National Petroleum Corporation (NNPC), Mele Kolo Kyari, a diretora do Escritório Nacional de Hidrocarbonetos do Marrocos (ONHYM), Amina Benjadra, e o Comissário de Energia da CEDEAO, Sediko Douka.

De acordo com um comunicado conjunto das três entidades, este acordo confirma o compromisso da CEDEAO e de todos os países envolvidos em contribuir para a viabilização deste gasoduto entre Marrocos e Nigéria que, uma vez concluído, fornecerá gás a todos os países da África Ocidental e permitirá ainda uma nova rota de exportação para a Europa.

O projeto vai abranger a costa ocidental africana, desde a Nigéria, passando pelo Benim, Togo, Gana, Costa do Marfim, Libéria, Serra Leoa, Guiné, Guiné-Bissau, Gâmbia, Senegal e Mauritânia até Marrocos, e prevendo uma ligação ao gasoduto europeu através do gasoduto Maghreb Europe (GME) que atravessa o norte de Marrocos e chega a Espanha.

Espera-se também que esta infraestrutura abasteça países sem litoral como Níger, Burkina Faso e Mali.

O projeto, refere também o comunicado, "contribuirá para melhorar o nível de vida das populações, a integração das economias da sub-região e a redução da desertificação, graças a um abastecimento de gás sustentável e fiável".

O gasoduto deverá beneficiar 400 milhões de pessoas na região e fornecer 5 milhões de metros cúbicos por dia de gás ao longo da costa da África Ocidental.

O objetivo é que o gás chegue à Europa, ligando-se este novo gasoduto ao GME, o mesmo que transportou gás da Argélia para Espanha através de Marrocos e que foi encerrado por Argel, devido à crise diplomática entre os dois países.

Leia Também: Bruxelas quer estudar melhor teto aos preços de gás russo importado

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