O ministro da Defesa russa anuncia que serão mobilizados 300 mil reservistas para combater e que estudantes não serão mobilizados.
Apos o discurso de Putin, Sergei Shoigu disse, citado pela AFP, que neste momento a luta não é "tanto contra a Ucrânia, mas contra o Ocidente".
Já segundo a Sky News, Shoigu disse que as pessoas "receberão treino militar antes de serem mobilizadas", acrescentando que a mobilização não incluirá "pessoas que serviram como recrutas ou estudantes".
Shoigu também avançou um número para as perdas russas, falando em 5.937 foram mortos, um número muito abaixo das estimativas dadas por agências ucranianas e ocidentais.
A Rússia reconhece cerca de 6.000 soldados mortos e calcula 61.200 soldados ucranianos mortos na guerra
Ao falar dos mortos, elogiou o trabalho dos médicos ao garantir que "mais de 90 por cento dos feridos voltaram aos seus postos". Shoigu também enfatizou que mais de 61.200 soldados ucranianos morreram, enquanto cerca de 49.400 ficaram feridos.
Recorde-se ainda que os pró-russos de Kherson, Donetsk, Zaporíjia e Lugansk anunciaram a realização de um referendo sobre a integração na Federação Russa, entre 23 e 27 de setembro.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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