Com a morte de Isabel II a Austrália será uma república? Parece que não

Neste momento, 54% dos australianos opõem-se à ideia da Austrália como uma república, diz um novo estudo.

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Beatriz Cavaca
23/09/2022 20:00 ‧ 23/09/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Isabel II

O movimento republicano da Austrália há muito que defende uma separação da monarquia britânica no final do reinado de Isabel II. Agora, com a morte da monarca após 70 anos de reinado, esperava-se uma mudança de regime. Porém, segundo um novo estudo, essa vontade não parece ser assim tão verdadeira entre o povo australiano.

De acordo com uma sondagem realizada com eleitores e publicada pelo jornal Sydney Morning Herald, com o nome 'Resolve Political Monitor' houve um aumento acentuado na popularidade do novo rei Carlos III e uma forte oposição à Austrália tornar-se uma República no futuro.

Segundo este novo estudo, 54% dos australianos opõem-se à ideia da Austrália como uma República, em comparação com 46% num estudo semelhante realizado em janeiro deste ano, quando a chefe de estado ainda era Isabel II.

A pesquisa mostra ainda que existe uma divisão clara entre os sexos no que diz respeito a esta questão: 59% das mulheres australianas opõem-se a viver numa República, em comparação com apenas 46% dos homens.

Nos mais jovens, a oposição é maior, com 54% dos cidadãos com idade entre 18 e 34 anos contra a monarquia e 46% a favor. Além disso, apenas um dos seis estados da Austrália, Victoria, apoiaria uma República, com uma pequena maioria de 50,2%.

Recorde-se que a Austrália referendou a monarquia em 1999, e decidiu manter a rainha como chefe de estado, algo que parece que aconteceria também a Carlos III que reúne apoio consensual no país.

O rei Carlos III foi reconhecido como chefe de estado da Austrália imediatamente após a morte da rainha, no dia 8 de setembro.

Lembre-se que o atual primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, eleito em maio deste ano, é abertamente republicano, porém, disse que não iria realizar um referendo sobre o assunto no seu primeiro mandato de três anos, apesar de nomear um ministro encarregado de promover a existência de uma República.

Leia Também: Carlos III deixa cartão com mensagem em cima do caixão da rainha 

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