"Um grande número de terroristas atacou a mesquita durante a reza Yumu'ah (oração tradicional muçulmana que se reza em grupo às sextas-feiras) em Ruwan Jema (localidade) e mataram a tiro, pelo menos, 15 fiéis", relatou à agência espanhola o secretário da Coligação da Sociedade Civil de Zamfara, Attahiru Mohammed.
De acordo com a mesma fonte, desconhecem-se ainda as motivações do ataque.
Por seu turno, o porta-voz da polícia do estado de Zamfara, Muhammed Shehu, explicou que os detalhes sobre este ataque "estão incompletos", devido às "más estradas e má comunicação" com aquela região do país.
Já alguns residentes da localidade de Ruwan Jema adiantaram que o ataque teve lugar perto das 13:30 (mesma hora em Portugal Continental e Madeira) e que os atacantes se fizeram passar por fiéis para poderem entrar na mesquita.
"Alguns fiéis conseguiram fugir, mas 15 pessoas não tiveram essa sorte. Todos os corpos foram recuperados e enterrados", disse Salihu Abubakar.
Os estados do centro e do noroeste da Nigéria são alvos frequentes por parte de "bandidos", uma expressão utilizada no país para se referirem aos grupos criminosos que cometem assaltos e raptos em massa.
Este clima de violência continua, apesar das reiteradas promessas do Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, de pôr fim a este problema e ao reforço de segurança na zona.
A esta insegurança no noroeste da Nigéria acresce a que se verifica desde 2009, devido à atuação do grupo terrorista Boko Haram, e desde 2016 com os ataques perpetrados pelo Estado Islâmico.
Ambos os grupos são responsáveis pela morte de mais de 35 mil pessoas e provocaram a migração de cerca de 2,7 milhões, sobretudo na Nigéria, mas também nos países vizinhos dos Camarões, Chade e Níger, segundo dados governamentais e da Organização das Nações Unidas.
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