O partido polaco Lei e Justiça, de Morawiecki, e o partido Irmãos de Itália (FdI), de Meloni, estão ambos no grupo ECR (reformistas e conservadores europeus) no Parlamento Europeu.
Jordan Bardella, eurodeputado e presidente interino do partido francês União Nacional, liderado por Marine Le Pen, também esteve entre os primeiros a brindar ao esperado triunfo de Meloni.
"O povo italiano deu uma lição de humildade à União Europeia que, pela voz da senhora Von Der Leyen, procurou impor-lhes o seu voto", disse Bardella numa publicação no Twitter.
"Nenhuma ameaça de qualquer tipo pode parar a democracia: o povo europeu está a levantar a cabeça e a tomar o seu destino nas suas mãos", acrescentou.
A coligação de direita e extrema-direita, liderada pelo partido Irmãos de Itália, pode obter entre 41% a 45% dos votos nas legislativas realizadas no domingo em Itália, segundo as sondagens à boca das urnas.
A sondagem do Consorzio Opinio Italia para a cadeia de televisão Rai, citada pela ANSA, aponta um resultado entre os 25,5% e os 29,5% para o bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, enquanto o Movimento 5 Estrelas terá entre 15,5% e 17,5%.
A Liga, de Matteo Salvini, obtém entre 8,5% a 12,5%, enquanto o partido conservador Força Italia, de Silvio Berlusconi, recolhe entre 6% e 8% dos votos neste estudo. Liga e Força Itália são os potenciais aliados de Giorgia Meloni, dos Irmãos de Itália, numa eventual maioria governamental.
Os primeiros resultados oficiais das legislativas só deverão ser conhecidos durante a madrugada de hoje.
Salvini foi o primeiro líder partidário a comentar estas projeções, escrevendo no Twitter: "O centro-direita tem vantagem tanto na câmara baixa como no Senado. Será uma noite longa, mas agora quero dizer-vos obrigado".
A taxa de abstenção poderá atingir cerca de 36%, mais nove pontos do que nas eleições de 2018.
Segundo a Rai, a sondagem tem uma margem de erro de 3,5%.
Mais de 50 milhões de italianos foram chamados no domingo a votar nestas eleições legislativas.
As últimas sondagens, publicadas há cerca de 15 dias porque não são permitidas nas últimas semanas de campanha, já apontavam para uma vitória do partido de Giorgia Meloni, com 24% a 25% das intenções de voto, à frente do Partido Democrático, de Enrico Letta, de centro esquerda, com 21% a 22% dos votos.
Devido à pulverização partidária, nenhum partido deverá obter uma maioria suficiente para governar sozinho.
A direita e a extrema-direita conseguiram um acordo de coligação que poderá levar Giorgia Meloni ao poder e a tornar-se na primeira primeira-ministra de Itália. Integram a coligação o partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, e a Liga, de Matteo Salvini, conhecido pela sua política dura contra a imigração.
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