Segundo a agência, os ataques transfronteiriços foram os segundos desde o fim de semana, numa altura em que o Irão está a viver protestos pela morte de uma mulher curda iraniana de 22 anos sob custódia da Polícia da Moralidade e Costumes.
Os ataques da Guarda Revolucionária, disse ainda a agência Tasnim, foram uma resposta ao apoio que os separatistas estão supostamente a dar à agitação civil dentro do Irão, bem como travar tentativas de contrabando de armas.
Sábado, a Guarda Revolucionária afirmou que os ataques tiveram como alvo bases e centros de instrução de grupos separatistas curdos no norte do Iraque, referindo que os bombardeamentos causaram "graves danos", mas sem adiantar mais pormenores.
Os protestos pela morte de Mahsa Amini espalharam-se por pelo menos 46 cidades, vilas e aldeias do Irão.
A televisão estatal iraniana noticiou que pelo menos 41 manifestantes e agentes da polícia foram mortos desde que os protestos começaram, a 17 deste mês.
Uma contagem da agência noticiosa Associated Press (AP), com base em declarações oficiais das autoridades, dá conta de pelo menos 13 mortos e mais de 1.200 detenções de manifestantes.
Em 2021, a Guarda Revolucionária também atacou o que chamou de "bases de grupos terroristas" no norte do Iraque.
Até agora, o governo iraquiano não comentou a situação.
Os dois países vizinhos têm laços políticos e militares estreitos, e Teerão forneceu um amplo apoio militar a Bagdade, durante a guerra vários de anos contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha anunciou hoje ter convocado o embaixador iraniano após os protestos no Irão e especialmente em relação às ações brutais da polícia no país.
Uma porta-voz de Annalena Baerbock, ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, disse aos jornalistas em Berlim que tem havido consultas entre os Estados membros da União Europeia (UE) para se encontrar uma forma de responder à "brutal reação" do regime aos protestos no Irão.
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