A nomeação, por decreto, foi feita esta terça-feira e a diplomata vai exercer em comissão ordinária de serviço o cargo de embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária no Luxemburgo, onde reside uma das maiores comunidades cabo-verdianas na Europa, depois de ter cessado, em 19 de setembro último, as funções de Diretora Geral dos Serviços Consulares e Migrações de Cabo Verde.
Cabo Verde tem 21 representações diplomáticas e postos consulares, sendo 16 embaixadas em diferentes continentes, duas missões permanentes e três consulados de carreira ou consulados gerais.
O Governo cabo-verdiano anunciou no final de julho passado que estava a estudar a criação de novas embaixadas em zonas estratégicas para o arquipélago, bem como a instituição de embaixadores para determinados temas, e pretende alargar a extensão da jurisdição das atuais missões diplomáticas.
"É um exercício justamente para ver em que medida é que poderemos otimizar a eficácia das missões diplomáticas e futuras outras, dependendo do interesse e da visão que nós temos com a política externa, no sentido também de abrir ou não outras embaixadas em diferentes continentes", explicou a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, Miryan Vieira.
No mês seguinte foi criada formalmente a embaixada do arquipélago em Marrocos, na capital Rabat, e um consulado em Dakhla, no sul do país, para incrementar as relações bilaterais, conforme explicação do Governo.
"Esta análise é basicamente o diagnóstico daquilo que nós já temos e a partir daí perspetivar a abertura ou não de outras embaixadas. Mas a curto prazo, o que nós vamos fazer é a extensão da jurisdição das atuais embaixadas, a fim de otimizar a sua atuação junto de outros países com os quais Cabo Verde tenciona ter parcerias estratégicas", acrescentou, em julho, a secretária de Estado.
O primeiro passo deste processo passa por, a partir das estruturas atuais, "ver como estender a jurisdição das referidas missões diplomáticas em outros países" e só depois "eventualmente a abertura de outras missões diplomáticas".
"Não estamos a pensar, a curto prazo, fazer nenhum encerramento das embaixadas, mas basicamente este primeiro exercício é de ter efetivamente uma perspetiva para a extensão da jurisdição da cobertura das atuais embaixadas que nós temos e de ver, também de acordo com a prioridade a ser definida pelo Governo, a abertura ou reabertura de outras embaixadas", disse ainda.
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