"Face à evolução recente do contexto internacional e à crescente dificuldade nas ligações aéreas e terrestres para sair da Rússia, recomenda-se que os nacionais presentes na Rússia avaliem se a sua permanência é necessária e, em caso negativo, saiam do país", lê-se num comunicado da Embaixada italiana em Moscovo.
Roma considera que "progressivamente" será cada vez mais difícil passar da Rússia para Itália e outros países, no quadro de tensões e sanções contra aquele país em consequência da invasão da Ucrânia.
Da mesma forma, nos últimos dias houve "um aumento vertiginoso" nos preços das passagens aéreas e foram observadas longas filas de carros a saírem do país através das fronteiras terrestres.
A União Europeia encerrou o seu espaço aéreo para voos provenientes da Rússia desde 27 de fevereiro, tendo a Embaixada de Itália em Moscovo aconselhado os italianos a programar com muita antecedência qualquer viagem a partir daquele país.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.996 civis mortos e 8.848 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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