O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia respondeu a algumas das declarações feitas por responsáveis envolvidos na guerra na Ucrânia, no rescaldo do anúncio da anexação - ilegal - de quatro território ucranianos - Zaporíjia, Kherson, Donetsk e Lugansk.
Em relação à apresentação da Ucrânia para aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), feita hoje, Dmitry Medvedev foi firme: "Zelensky quer-se juntar à NATO de forma rápida. Boa ideia", ironizou, acrescentando: "Só está a implorar à NATO que acelere o início da III Guerra Mundial".
Tal como muitos outros países, os Estados Unidos (EUA) já reiteraram que a anexação destes territórios é "ilegal" e que não será reconhecida. "Até é estranho que ele se lembre de nós. Mas é uma pena. Podiam ter encontrado um bom local para abrir uma embaixada americana nos novos territórios da Federação Russa", ironizou, mais uma vez.
Já ao final desta tarde, o presidente dos EUA reiterou também que haveria mais sanções e que "todos os centímetros" de todo o território da NATO, repetindo: "Senhor Putin, não se engane. Estou a falar a sério".
Por fim, Medvedev comentou as declarações do secretário-geral da NATO, que disse que a Rússia era o único "responsável por terminar esta guerra", durante uma conferência de imprensa - reiterando também o apoio incondicional à Ucrânia. “Se a Rússia parar de lutar, teremos paz. Se a Ucrânia parar de lutar, deixará de existir enquanto nação independente e soberana. A NATO reafirma o seu inabalável apoio à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia", disse Jens Stoltenberg.
"Se a Ucrânia parar de lutar, vai desaparecer como Estado. Que homem cínico - já que se não pararem de lutar, uma parte significante dos ucranianos vai desaparecer", respondeu Medvedev
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