"O Madem-G15 assume a responsabilidade histórica de devolver a confiança e a esperança ao povo e aos combatentes da liberdade da pátria", afirmou Braima Camará no discurso na cerimónia inaugural do congresso, o segundo realizado pelo partido, criado em 2018.
No discurso, Braima Camará, que anunciou oficialmente quinta-feira que se recandidata ao cargo, salientou que o congresso vai reafirmar a visão do partido expressa no programa política e assente no "facto de que o Madem-G15 representa o único partido capaz de acelerar a estabilidade política e institucional sustentada da Guiné-Bissau".
"Para a realização desse desígnio o Madem-G15 propõe-se a garantir um bom relacionamento institucional com o Presidente da República e com os demais órgãos de soberania num quadro harmonioso que respeite os princípios fundamentais de um Estado de Direito democrático", afirmou.
Sublinhando que o partido "está a crescer de forma sólida" e que vai "promover e aprofundar a unidade nacional", Braima Camará salientou que o Madem-G15 está "aberto a todos os cidadãos independentemente da sua origem, estatuto social, crença religiosa, pertença étnica ou cor da pele".
"Somos todos Guiné-Bissau", disse, acrescentando que o reforço do partido e a promoção da unidade nacional são "incontornáveis à promoção do desenvolvimento socioeconómico" do país.
Dedicado ao tema "Consolidar o partido, promover a unidade nacional e desenvolver a Guiné-Bissau", o congresso vai reunir mais de 2.515 delegados em Gardete, nos arredores de Bissau, até domingo, para escolher a sua nova liderança e definir estratégia para as legislativas antecipadas, marcadas para 18 de dezembro.
Braima Camará, que liderou o partido desde a sua criação e que conseguiu ser o segundo mais votado nas legislativas de 2019, foi o único a anunciar oficialmente a sua candidatura, mas fontes partidárias disseram à Lusa que há a possibilidade de serem apresentadas mais duas.
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