"Estou comprometido com esta ilha", frisou o chefe de Estado norte-americano, depois de ter sido recebido pelas autoridades locais.
Biden lembrou que "os porto-riquenhos são um povo forte", mas ressalvou que têm suportado "mais do que necessário" sem a ajuda "em tempo útil", apontando para os vários desastres em poucos meses em território dos Estados Unidos.
O furacão Fiona deixou mais de 3,2 milhões de pessoas sem energia elétrica em território dos EUA, 44% das quais vivem abaixo da linha da pobreza.
"O que aconteceu com este furacão é que, embora fosse de categoria 1, em termos de água era como um categoria 4", explicou o governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, na conversa com Joe Biden.
A energia foi restaurada para cerca de 90% dos 1,47 milhões de utilizadores na ilha, mas mais de 137.000, principalmente nas áreas mais atingidas das regiões sul e oeste de Porto Rico, continuam no escuro e outras 66 mil habitações estão sem água.
Mesmo durante o discurso do Presidente norte-americano, o clima estava ameaçador e ouviram-se trovões à distância.
Biden prometeu que o governo dos EUA não abandonará Porto Rico quando a ilha começar a reconstruir-se novamente, cinco anos depois do furacão Maria, mais poderoso, ter devastado aquele território norte-americano.
Em Porto Rico, o governante está acompanhado pela primeira-dama, Jill Biden, e Deanne Criswell, administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências.
A comitiva aterrou em Ponce, uma cidade na costa sul, onde está a maior parte dos danos causados pela tempestade.
"[O Presidente] Está a ir para a área mais atingida de Porto Rico, e é uma área onde os presidentes não foram antes", destacou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, aos jornalistas a bordo do Air Force One.
As autoridades locais estimaram cerca de 3.000 milhões de dólares em danos, mas alertam que os custos podem aumentar significativamente à medida que as avaliações continuam.
Antes de sair da Casa Branca, esta segunda-feira de manhã, o democrata referiu que ia visitar a ilha porque as pessoas "não foram muito bem tratadas" e estavam "tentar com tudo recuperar o atraso do último furacão".
Joe Biden anunciou que o governo dos EUA irá fornecer 60 milhões de dólares, através da lei de infraestrutura bipartidária aprovada no ano passado, para ajudar Porto Rico a reforçar os diques, fortalecer os muros de inundação e criar um novo sistema de alerta de inundações, para que a ilha esteja melhor preparada para futuras tempestades.
Fiona causou inundações catastróficas, destruiu estradas e pontes e desencadeou mais de 100 deslizamentos de terra quando atingiu Porto Rico em 18 de setembro.
A Florida está a realizar trabalhos de limpeza desde que o furacão Ian atingiu aquele Estado na semana passada, causando em mais de 60 mortos.
O chefe de Estado norte-americana planeia visitar a Florida na quarta-feira, para realizar também uma avaliação dos danos.
"Em momentos como estes, a nossa nação une-se, deixa de lado as nossas diferenças políticas e começa a trabalhar", destacou Biden.
Leia Também: Biden diz que aliados da NATO não serão "intimidados" por Putin