Meloni, provável próxima primeira-ministra de Itália, confirmou o "total apoio à causa da liberdade do povo ucraniano" e rejeitou a anexação por parte da Rússia de quatro regiões, alegando que a decisão não tem "nenhum valor jurídico ou político", afirmou num comunicado.
Giorgia Meloni comprometeu-se também com Zelensky a encetar "todos os esforços diplomáticos úteis para pôr fim ao conflito".
O presidente ucraniano, como tinha feito anteriormente no Twitter, felicitou Meloni pela sua vitória nas eleições gerais, convidou-a a visitar Kyiv e expressou o seu desejo de "poder contar com uma colaboração frutuosa do próximo Governo italiano".
Meloni ganhou as eleições em 25 de setembro com 26% dos votos e, uma vez constituído o novo parlamento, espera-se que o Chefe de Estado, Sergio Matterella, lhe atribua a tarefa de formar Governo.
Caso se confirme, Meloni será a primeira mulher a governar a Itália, em coligação com o conservador Silvio Berlusconi e o representante da extrema-direita Matteo Salvini, este último um admirador do Presidente russo, Vladimir Putin, e frequentemente crítico das decisões de armar a resistência ucraniana.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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